sábado, 8 de novembro de 2008

Seu direito começa onde o meu termina.

Ética, uma simples palavra que pode gerar muitas opiniões diferentes e causar acaloradas discussões. O primeiro pensamento que vem a cabeça ao falar de ética geralmente diz respeito, a uma conduta reta, sem comprometimentos com coisas ilegais, ou seja, um comportamento ideal, correto, inquestionável.
Para o jornalismo essa palavra tem outros significados, e geralmente discussões sobre o assunto não são muito bem vistas pelos colegas jornalistas. Parece que eles esquecem que antes de se tornarem jornalistas, já foram cidadãos comuns, estudantes, universitários, enfim, dependiam dos jornalistas anteriores a eles para receberem de forma correta as informações. E caso vissem algo errado, em alguma matéria, automaticamente criticavam e se sentiam enganados. Porém ao virar jornalista parece que o ser humano esquece que é de carne e osso e acha que é Deus, dono da verdade absoluta, aí de quem ousar criticá-lo.
Apesar de comum no dia-dia de todo jornalista, a ética ainda tem muito a ser discutida, pois nem sempre ela é seguida como deveria. Achar que o jornalista sabe a verdade absoluta é utópico, porque a matéria que o mesmo escreve, não passa de uma versão do fato, a visão que ele está tendo naquele momento sobre o assunto. Entretanto o erro mais comum entre os jornalistas é achar que pode se manter totalmente imparcial a qualquer assunto, porque cada um de nós vive uma realidade diferente, com pontos de vistas variados, possui costumes totalmente contrários e experiências de vida distintas. Logo mesmo que sem querer e muitas vezes sem perceber, ao escrever um texto colocamos nele o nosso olhar, o nosso jeito de escrever, a nossa identidade.
Mas a ética é algo fundamental na vida de qualquer jornalista, pois é o que dá credibilidade e respeito junto ao leitor, telespectador, ouvinte, enfim o público em geral. Se o jornalista aceita certos tipos de subornos para não publicar alguma matéria, ou para distorcer um pouco os fatos, ele perde a confiança das pessoas. O compromisso do jornalista em primeiro lugar é com o seu público, para passar a informação verídica, e não aquilo que seu chefe quer muito menos o que o governo deseja, e também nada a favor de empresas.
Até que ponto vale invadir a vida pessoal das pessoas? O jornalista tem esse direito? Será que os fins justificam os meios? São perguntas freqüentes nos dias atuais, pois algumas empresas de comunicação estão ferindo certas regras da ética, para dar furos de reportagens, notícias exclusivas. A competição entre jornalistas, entre empresas de comunicação é saudável, e é o que faz a profissão ficar tão emocionante, mas essa competição, acima de tudo deve ser ética.

Nenhum comentário: