sábado, 28 de fevereiro de 2009

Botafogo x Resende

Esse ano a final da Taça Guanabara não vai ser de clássico, mas promete ser emocionante. O pequeno Resende veio crescendo durante o campeonato, e chegou a final invicto. Venceu o grande Flamengo por 3x1 e amanhã enfrentará mais um dos queridinhos dos cariocas, o Botafogo. Ney Franco, técnico do Botafogo, está confiante, porém em nenhum momento diminuiu a qualidade dos jogadores adversários. Ele realmente deve ser cauteloso, pois o Botafogo já passou por maus bocados em jogos que eram de vitória certa.
O que não vai faltar é torcida contra o Botafogo, pois os grandes times que ficaram fora da final, vão torcer pelo Resende. Quem diria que flamenguistas, vascaínos e tricolores torcendo juntos pelo mesmo time!

2009 começou!

Não é de hoje que os brasileiros falam: - O ano só começa depois do carnaval! Depois do carnaval eu resolvo isso, ou aquilo! Enfim o carnaval já faz parte da nossa cultura, e em todo país. Cada estado, cada cidade comemora da sua maneira, cada qual com seus ritmos e estilos de festa diferentes.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o carnaval só termina amanhã. Hoje tem o desfile das escolas campeãs e domingo o desfile dos últimos blocos, entre eles o mais famoso, e que arrasta mais foliões, o Monobloco.
Mas o carnaval também tem seus pontos negativos e que incomodam a muita gente. As ruas ficam empestadas de lixo, os homens, principalmente, fazem xixi em qualquer lugar. A cidade além suja fica fedorenta, e os moradores dos bairros onde os blocos desfilam sofrem com a falta de educação dos foliões. Poxa tem tantas latas de lixo espalhadas pela rua, tem banheiros químicos, o povo tem que se reeducar. Ainda tem algumas pessoas com o seguinte pensamento, se eu não jogar no chão que trabalho os garis vão ter?, o que é extremamente ridículo pois eles já tem bastante trabalho diariamente.
Então brasileiros e brasileiras vamos curtir o carnaval de 2010 com mais educação, por favor! Assim todos curtem e se divertem sem ter que se aborrecer com a falta de educação do próximo
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A história de Israel, da Palestina e o conflito árabe-israelense.

Eu sempre quis entender um pouco mais desse conflito árabe-israelense, e geralmente o que as pessoas dizem resumidamente é que Israel e Palestina brigam por terras e religião. O que é verdade, mas Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel fez uma matéria especial sobre o conflito, e achei muito interessante pois de maneira simples ele explica tudo desde quando começou. O texto é grande mas vale a pena ler!

Israel entrou em seus 61 anos de existência. Em 1947, sob a presidência do político e diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, a Segunda Assembléia das Nações Unidas aprovou o plano da partilha do que sobrara da Palestina em um segmento judeu e outro árabe, depois de área destacada para a implantação do principado da Transjordânia. O mundo árabe rejeitou a hipótese de criação de um Estado judeu. Há décadas chocavam-se guerrilhas árabes e judias. Tornaram-se mais violentas. Nasceu a questão dos refugiados. Os jordanianos ocuparam a parte murada de Jerusalém, o lado ocidental do Jordão.
Em maio de 1948, o líder dos cerca de 500 mil judeus, Ben Gurion, decidiu que era a oportunidade de proclamar a independência do Estado judeu, Israel, cuja existência foi imediatamente reconhecida por Estados Unidos e União Soviética. O secretário de Estado americano, general Marshall, opusera-se à decisão de Harry Truman, o presidente americano, prevendo derrota e massacre dos judeus por provável invasão de tropas árabes. Houve a invasão por forças egípcias, jordanianas, sírias, iraquianas, sauditas, libanesas. Contrariando previsões, foram derrotadas. Foi a primeira das guerras do novo Estado defendendo sua existência. Resultaram em mais refugiados árabes.
Houve um armistício negociado por um diplomata a serviço das Nações Unidas. Pouco depois começaram operações de guerrilhas árabes, os mujahadins. Israel abriu suas portas a sobreviventes das matanças dos judeus europeus - cerca de seis milhões - pelas tropas nazi-fascistas de Hitler e Mussolini, e a centenas de milhares que tiveram de fugir dos países árabes. Em 1956 as tropas israelenses estavam conquistando o deserto do Sinai e chegando às margens do canal de Suez. Os israelenses se retiraram sob pressões americanas e soviéticas, na primeira e última vez em que atuaram juntos. Tropas das Nações Unidas, incluindo batalhão brasileiro, foram destacadas para a faixa de Gaza.
Dez anos depois, período sempre agitado por ações de guerrilhas árabes e da mais intensa atividade dos judeus de construção de seu país, houve nova crise. O mundo árabe não se conforma com a existência do Estado judeu. O Egito, entre outras iniciativas, fecha a passagem de Israel para o mar Vermelho e pede a retirada da tropa internacional. Nova guerra, que ficou conhecida como a Guerra dos Seis Dias de Junho. Israel novamente sai vitorioso e conquista Jerusalém, além de outros territórios árabes. A guerra termina sob pressões internacionais. Logo recomeçariam ações árabe-palestinas de resistência, com uso de táticas terroristas e raptos de aviões. Se destaca a liderança de Yasser Arafat sobre os palestinos.
Do cessar-fogo chega-se a intranquilidade. Os israelenses dominavam o Sinai, a margem do canal de Suez, Jerusalém, Cisjordânia. E em Jerusalém, na Colina do Templo, ficam as mesquitas de al Aksa, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos, vindo logo após de Meca e Medina, na Arábia Saudita. A tradição muçulmana diz que Maomé ascendeu a Alá, Deus, do local da mesquita, e voltou com os primeiros capítulos do Corão, o Livro Sagrado do Islã, o Último Testamento segundo os muçulmanos. È inaceitável. No dia do Julgamento, Yom Kippur, quando por lei religiosa todas as atividades são proibidas, a tropa egípcia atravessa o Suez e pega os israelenses de surpresa. É a guerra de Yom Kippur, de 1973, que termina num armistício promovido por Kissinger, dos Estados Unidos.
Da guerra, o presidente Sadat, do Egito, saiu como grande herói árabe. Kissinger propôs o entendimento nas bases do princípio de troca de território por paz. Sadat foi a Jerusalém em seu avião, falou no Parlamento e o Egito passou a se o primeiro país a assinar um acordo de paz com Israel. Foi assassinado por fanáticos assistindo desfile de sua tropa. Seguiu-se oportunidade de paz com a Jordânia, segundo a qual Israel se retiraria da Cisjordânia e aceitaria devolver influência jordaniana na colina das mesquitas sagradas. O general herói de 67, eleito primeiro ministro, Itzhak Rabin, entendeu ser essencial reconhecer o direito palestino a um Estado próprio. Arafat voltou e reconheceu o direito de Israel de existir. Rabin foi assassinado na saída de comemoração dos entendimentos com Arafat.
Posteriormente seguiram-se a entrada de Israel no Líbano em guerra civil sob a justificativa de evitar massacre dos libaneses cristãos pelos muçulmanos. Foi uma operação de maus resultados. No Líbano, veteranos da guerra do Afeganistão contra os soviéticos se organizaram no Hezbollah, Partido de Deus. Em Israel, duas Intifadas, revoltas palestinas, criaram pânico com suas ações de homens-suicidas. Na fronteira com o Líbano, operação e rapto de soldados israelenses escalou em guerra que foi suspensa por decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na área palestina eleições dão maioria parlamentar à Frente Islâmica de Resistência, Hamas, que se desentende com o Movimento de Libertação Palestina, Fatah, ao qual se entregara o governo de Gaza. O Hamas não reconhece o direito de Israel de existir e domina Gaza, de onde passa a bombardear o sul israelense. E daí se chegou à operação militar de Israel contra o Hamas em Gaza, com pesadas perdas humanas do lado palestino.
O momento é de dilema. Ou Israel aceita condições propostas pelos árabes de se retirar da parte velha de Jerusalém e de outros territórios que ocupa desde as últimas guerras; ou, do Estado sem paz, poderão resultar novos e mais violentos choque. E existe a probabilidade de o Irã, país muçulmano não-árabe, chegar à potência atômica, uma grande ameaça a Israel.
Dos 500 mil judeus de 1948, Israel chegou a uma população de sete milhões de pessoas, dos quais cerca de 20% eram muçulmanas. Não há sinais de que haverá paz em um futuro visível.